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Ademais, aprender não reflete um estado parado, de pedra furada que desvanece aos poucos conosco. O conhecimento é dinâmicamente oferecido aos homens, mas não pode ser posse deles. O conhecimento pode estar em potes, parecer fazer parte deles à quem olhar de fora, mas com a quebra destes voltam ao habitat natural.
Tudo que o que posso aprender a perceber e conhecer do mundo é um pedaço tão pequeno da realidade, que mudará tão rapidamente, tão instantaneamente, que quase não compensa correr atrás. Por isso deixei de apegar-me a pequenos conhecimentos que não aqueles que mudam vidas.
Se, então o que aprendo também desvanece, melhor não dizer que aprendi, mas que estou em estado de aprendizado. Estado de inconstâncias e dialética.
Pois que se cada coisa toma sua forma a medida que as coisas passam, meu aprendizado deve seguir as formas que as coisas tomam, deve levar em consideração o estado de passagem destas coisas, o canal e forma de manifestação destas forças.
Talvez um dia eu aprenda, que afinal há uma essência atômica e imutável. Neste dia não sei se será necessário dizer que aprendi... mas até lá, permaneço eterno descobridor.