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sábado, 31 de março de 2007

Constante Cosmológica

Constante Cosmológica

Em 1687, o físico inglês Isaac Newton formulou a lei da gravitação universal e com ela, pela primeira vez, foi capaz de explicar porque os objetos, animais ou qualquer outra coisa são, todos, puxados para o centro da Terra. Explicou também por que a Lua em torno da Terra e por que esta gira em torno do Sol.

No começo deste século o alemão Albert Einstein alterou a lei da gravidade de Newton. Observou, então, corretamente, que a atração universal faria as galáxias caírem umas sobre as outras. Então, como isso certamente não estava acontecendo, imaginou que o Cosmo deveria conter uma espécie de força de repulsão cujo papel seria afastar as galáxias entre si, compensando a atração gravitacional. Em suma, algum tipo de antigravidade

Einstein deu a essa força o nome de "constante cosmológica" e acrescentou-a às equações que daí para a frente, passaram a descrever o funcionamento da gravidade em lugar da antiga lei de Newton. Foi esse conjunto de fórmulas que ficou conhecida como Teoria da Relatividade Geral.

Passaram-se dez anos, veio a década de 20 e o americano Edwin Hubble demonstrou que o Universo na verdade está em expansão. Ou seja, as galáxias estão se afastando umas das outras, e não há possibilidade de elas virem a cair umas sobre as outras. Portanto, a tal repulsão imaginada por Einstein tornou-se desnecessária e ele reagiu de imediato, declarando que havia cometido "o maior erro da minha vida".

Só que agora surge indícios que podem ressuscitar a constante de Einstein. Medindo a velocidade de estrelas que explodem a grandes distâncias, os astrônomos concluem que elas estão em movimento acelerado (veja a matéria Velocidade Máxima). Provavelmente impulsionadas por alguma força, de natureza desconhecida. Quer dizer, além do movimento de expansão, elas estariam recebendo um empurrão adicional. Algo parecido com a energia de repulsão que Einstein imaginara.

Era mesmo de se esperar que a constante cosmológica fosse medida, já que o aperfeiçoamento incessante dos telescópios amplia continuamente o nosso conhecimento do Universo. Também é certo que as medições feitas recentemente irão gerar controvérsias. Alguns cientistas tentarão comprovar que elas estão corretas e outros, que estão erradas. Mas, no final, as convicções sempre convergem, mesmo que leve algum tempo.

Neste exato momento, a expectativa é grande porque, se confirmada, a força de repulsão cósmicas terá conseqüências muito importantes. Basta ver que, para os físicos, ela está associada ao vácuo, o que abre caminho para uma intrigante investigação: a de saber como o vazio, apesar de não conter nada, em princípio, seria capaz de produzir força de impulsionar galáxias.

Retirado do site: Alicerces da ciência [http://br.geocities.com/alicercesdaciencia/index.html]

Esta materia esta sendo colocada na categoria Teorias, para ser utilizada posteriormente.