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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Prólogo da tua vinda

No prólogo de tua vinda
vou transplantar meu coração
arrancar da pele cada não-você
trancar lá fora o que não couber
apagar cada toque, cada calor
que não te pertenceu

Tudo preparação
Que é pra quando você vir eu estar limpo
Meu carma todo apagado
as mãos sem calo e sem espinho
É pra te receber leve
pra te receber o eu mais essencial
com abraço de entrega total
Cada dor de partida dos não-eus
é pra retirar o ponto final

Estarei afinal, limpo,
essencial e concentrado perfume
refeito para ser pra sempre
rarefeito, envelhecendo em carvalho
aguardando tua chegada.

(Poeta Eterno)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Codinome

Procuro numa manhã leve,
passiflora lunis.
Num beijo quente,
ylang yang.
Numa interna morte,
o antí-cupídico fatal.
E, no derradeiro, só.
Nus, nós, fabricando
as ilusões nas quais,
LunisFlora YanYlang,
nos perderíamos.

[Poeta Eterno]

Mais uma das tantas tatuagens, esta de 04/01/2016 - 20:46.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Como só sou

[1/1 13:18] Diogo: Quando, pela lembrança dos sabores mais sublimes outrora quase meus, me permito elevar-me para além das nuvens que encobrem meu sol... Quando permito, levado por uma leve clareza mental, que a radiância do maior astro se expanda em meu espaço de reclusão e solidão... Sinto a vida pulsado em explosão, uma completude de quem se despe e se descobre sendo o próprio sol.
[1/1 13:20] Diogo: Astro rei outra vez nascido.
[1/1 13:38] Diogo: Essa redenção que experimento, esse momento de ser tão forte enquanto se olha e só se consegue ver tão pouco... Tão pequeno e tão grande quanto qualquer partícula do universo, com potência de criador, de ser tudo que se nasceu para ser.
[1/1 13:39] Diogo: Essa é minha única redenção.
[1/1 13:42] Diogo: Percebo o único momento no qual me sinto inerte, imerso, não em qualquer potência, mas na Potência Divina e Sublime, que só é.
[1/1 13:43] Diogo: Como só sou.