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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Oração de São Francisco de Assis (uma oitava acima)

[Poeta Eterno]

Cultivo em mim a possibilidade.
Permito-me ser instrumento de paz e vazio.
Onde houver ódio, que me permita cultivar amor;
Onde houver ofensa, que me permita cultivar perdão;
Onde houver discórdia, que me permita cultivar união;
Onde houver dúvida, que me permita cultivar fé;
Onde houver erro, que me permita cultivar verdade;
Onde houver desespero, que me permita cultivar esperança;
Onde houver tristeza, que me permita cultivar alegria;
Onde houver trevas, que me permita cultivar a luz,
Onde nada houver, que eu me permita permanecer vazio,
desde que para o crescimento.


Que eu me permita aprender o que é julgar como bem e
mal, alto e baixo, bom e ruim, entendendo que:
Tudo é manifestação de um único verso,
que eu me permita ver as coisas desta forma.


Que eu permita harmonia na busca,
E que me encontre entre
Consolar e ser consolado;
compreender e ser compreendido;
amar e ser amado,
Mas que transcenda a dualidade,
trabalhando a unidade.


Que eu me permita cultivar a serenidade,
Que eu aceite o sentimento de incapacidade,
Que eu me permita transcendê-lo,
Que a coragem para modificar e transmutar esteja em mim,
E, assim, eu possa viver
sem que minha mente racional tenha que escolher.


Sentir que é dando que se recebe,
que é perdoando que se é perdoado,
que é morrendo que se vive para a vida eterna...
É apenas racionalização e apartamento de minha mente analítica.
Que eu veja como Tudo sempre foi Um.


Que eu me permita deixar ir...

Que eu aceite a transmutação de cada coisa, estando consciente delas.