Páginas

quinta-feira, 12 de março de 2009

Promessa

Ouvia, mas lhe era custoso acreditar que seus ouvidos estavam certos. Estavam... inevitavelmente.
Penoso dizer que a promessa se rompera sozinha. Inflexível se mantivera e firme permanecera tanto, inimportantes os vendavais que lhe atormentassem a ideologia.

A promessa se rompera, e não lhe cabiam mais velhos posicionamentos, o momento exigia movimento. A fumaça em si gritava: Abre a janela. E não bastasse a ausência de si, a ausência de todos.

Acreditara tanto tempo que agora, promessa rompida, lhe faltavam neurônios e massa cinzenta a assimilar o fato. Duro fato este que lhe causava a gagueira do espanto, aquela que se manifestara quando nada mais havia na cabeça, se não repetidas vezes a mesma coisa.

A promessa se rompera repetidas vezes em slow motion... permanecia quieto a segurar o botão do replay.

Poeta Eterno